domingo, 11 de junho de 2017

Significado

Há quatros anos a copa era aqui no Brasil. No dia anterior, por conta de todos os obstáculos da vida, comemoramos o dia dos namorados - o meu primeiro e único até hoje. Eu não sabia o que esperar daquele dia, mas planejei tudo com muito carinho e animação e ainda que o orçamento fosse baixo, deu tudo certo. Eu sempre quis ter um amor e compartilhar esses momentos clichês ao lado de alguém. Foi nesse dia também que eu mergulhei sem medo no que estávamos construindo.

Quando eu era mais nova, tinha muito medo de nunca viver um amor, de nunca realmente gostar de alguém que gostasse de mim, juro que quando aconteceu eu passei alguns meses achando com demais pra ser verdade. Você não só me amou, como me ensinou a ser uma pessoa melhor e contrubui muito para a mulher que eu sou hoje.

Li esses dias que, por fazer parte da geração Y, precisamos de aprovações constantes pra poder crescer e evoluir na vida. Eu sei que sou boa em algumas coisas, mas é tão gostoso quando eu escrevo algo, por exemplo, e você elogia logo na lata, ou critica algum ponto que dá pra melhorar... É uma coisa que me motiva, sabe? Se é a voz da primeira pessoa que eu aprendi a amar dizendo, soa diferente e inexplicavelmente mais relevante.

Esse texto aqui é só mais um daqueles desabafos que eu preciso fazer às vezes e não, não tem coerência alguma, são só sentimentos jogados. Vomitados, eu diria. 

Dizem que pra gente estar feliz ao lado de alguém, é imprescindível se amar e estar bem sozinho. Não discordo disso em nenhum ponto, inclusive adoro ficar sozinha, mas de uns tempos pra cá, eu tô desejando coisas mais calminhas - e às vezes agitadas - mas a dois. Momentos que eu sei que você não gostaria de compartilhar e que seriam chatos pra vocês, mas que eu ficaria 100% realizada por viver. Tipo tomar chá e ver Gilmore Girls durante um domingo inteiro ou simplesmente sair numa quinta-feira a noite, encher a cara e compartilhar uma ressaca na sexta.

Eu me sinto mais leve quando estou sozinha. Mas também me sinto como uma bexiga murchando sem o nós que construímos há quatro anos. O problema é que eu amava demais aquele nós, sabe? Não o que ele se tornou e, caralho, como isso machuca. Eu entendo que muita coisa aconteceu, mas não faz sentindo que tudo tenha mudado tanto. Mudou tanto que agora eu sei que é estupidez insistir nisso, mas os meus momentos de lucidez são curtos demais pra seguir longe.

Abrir o dicionário pra buscar o significado de uma palavra desconhecida é prático. Saber o que a palavra significa e poder entender o significado dela na pele é único. Marcante. Delicioso. Mas quando a gente se vê obrigada a parar de sentir - embora eu tenha muita fé de que a vida vai nos colocar lado a lado compartilhando o mesmo sobrenome no futuro - dói muito. De qualquer forma, sou grata por sentir tudo isso. Tudo é prova de que o coração não está vazio.

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