quarta-feira, 2 de julho de 2014

Continua?

O céu estava limpo, as estrelas se destacavam, a Lua parecia ter sido pintada. Deitados na grama do quintal, de mãos dadas, sentiam o calor um do outro com apenas o céu como companhia. 
   Ela pensava, vendo a imensidão das estrelas, em tudo que estaria por vir. Aquilo a entusiasmava de tal maneira que seus olhos chegavam a bilhar, o que encantava ainda mais o rapaz, para ele, o brilho das estrelas era pouco perto da beleza daquele olhar. Olhar lotado de sonhos, planos, novas ideias, perspectivas... Mas que era observado por  ele apenas com um amor, afeto e um tanto de medo do que haveria de acontecer.
Em seu olhar, ele dizia: “Que fiquemos aqui, minha menina. Por mim, congelaria o tempo, neste nosso momento, assim não corro o risco de te perder, de perder o que vivemos até agora, de ter que te ver partir. Só de pensar nisso perco a calma.” Mas tentava disfarçar, não se sentia confortável podando a ideia da pessoa que ele mais amou até o momento. E, se seu desejo pudesse ser realizado por uma das milhares de estrelas que estavam sobre eles, ela seria única. Seu único amor.
 A moça sentiu o olhar e tudo que nele foi transmitido. Fechou os olhos, sorriu e sem usar palavra alguma, olhou para o rapaz dando uma resposta que acalmou lhe o coração, era algo como: “Não tenha medo ou se preocupe. Mesmo com as surpresas que a vida nos revela, mesmo que o plano do universo não tenha escrito nossas vidas eternamente ligadas, sempre teremos um pouco de nós dentro de nós.” 
 Nem as estrelas poderiam revelar o que aconteceria até mesmo no instante seguinte ou o tamanho do amor que envolveu os olhares e tudo que foi dito e compreendido entre os dois. São esses mistérios que...

Nenhum comentário:

Postar um comentário