quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Bagunça

As coisas mudam. Quase tudo tem um começo, um meio e um fim - mas nessa parte eu ainda estou tentando acreditar. Eu sei que as coisas mudam e que acabam, só que não consigo aceitar isso direito. Qual é o meu problema, sério?
Na escola eu sempre via as minhas amigas com rolos, paixões, amores... Por mil e uma questões, eu nunca fui vista dessa forma por 80% das pessoas que eu me interessei. Eu, aos 15 e até a metade dos 16 só queria uma história pra viver. Aconteceu. Chegou do nada. Mudou meus dias, meu jeito de ser, minha forma de encarar o mundo, a forma que o mundo me encarava.
Eu nunca tive tanta certeza do que eu queria, do que eu sentia e meu corpo concordava comigo completamente. Não era paixão só de borboletas no estômago e vontade de transar constantemente; era (é?) amor a ponto de sentir o corpo inteiro arrepiar com um único toque.

Rolou uma pausa pra continuar a escrever esse texto. Eu não lembro quando eu comecei, mas com o turbilhão de coisas que tão no meu peito hoje, eu ia começar outro, só que decidi terminar esse.

Eu tô fazendo aquele lance de seguir a vida, sabe? Acho que é a terceira vez que tento isso, sempre parece que vai dar certo. Das outras vezes não deu. Sempre tem uma coisa que falta... Um carinho, o timing certo pra saber quando eu tô precisando de um ombro, o beijo na hora certa, as piadas, sei lá. Falta mais de você. Porque, sim, depois de muito me questionar sobre isso, eu cheguei a conclusão que tô tentando seguir a vida, mas busco você nos outros, busco você em qualquer coisa e lugar.

Nesse turbilhão de sentimentos e sensações, parece que eu vou explodir e o único abrigo que eu preciso é o seu peito, com os braços me envolvendo e me protegendo de toda essa bagunça. Bagunça que eu causei sozinha talvez, mas que eu não sei se dá pra arrumar sem a sua ajuda. Nós tiramos os móveis do lugar antes de pintar o quarto, lembra? Todos os móveis estão no lugar agora, mas todos os itens que deveriam ser guardados neles estão no chão, junto com as garrafas de vidro que eu não sei abandonar, fotos antigas e aquele disco que tocava no seu carro. E agora?

Nenhum comentário:

Postar um comentário