A
ideia de estar cada vez mais distante do meu sonho me assusta. A menininha de
15 anos tinha uma visão completamente distinta do que a quase mulher aos 18
estaria fazendo uma hora dessas. Provavelmente, a de seis meses atrás também
tinha planos diferentes.
Ouso dizer que o tempo e os choques de realidade que nos atingem no dia a dia
são responsáveis por nossas mudanças e pelo declínio de nossa esperança. Se é
que um dia a pobre esteve em alta, mas acredito que sim, viu? Eu já botei muita
fé na vida, nos meus “planos para o futuro”. Sabia bem menos do que hoje sei e
acreditava muito mais em (quase) tudo.
A notícia na TV, o anúncio feito por determinado político e até mesmo um “pode
contar comigo” de algumas pessoas, tornaram-se alvos dessa minha atual mania de
desacreditar.
O
meu sonho está indiretamente ligado a tudo isso, ter que adiá-lo e aos poucos
tirar seu frescor por conta das responsabilidades que a vida nos dá, me fez
perder um pouco do 'gás' que antes me fazia acreditar em tudo que
aconteceria (acontecerá?).
Me ver presa 8h/24h por dia fazendo o que não estava nos meus planos, nem
satisfaz nenhum dos meus anseios desanima. É óbvio que na vida nem sempre farei
o que gosto, na hora que eu desejo, mas porra! A vida adulta (e real) traz mais
frustrações do que novos desafios.
Contudo,
ainda acredito no que não é palpável ou visível, nisso faço questão de
acreditar, mesmo que ás vezes incomode, irrite, canse, cause frustrações em
alguns casos, o 'sentir' faz de qualquer indivíduo – na minha
concepção – um ser mais real. Medo eu tenho é de que a vida me faça desacreditar
nisso também!
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